domingo, 19 de novembro de 2017

Lua Sangrenta



Oh Lua, tão bela no céu lá em cima
Todas criaturas lhe têm em alta estima
As estrelas se curvam à sua glória
Já viu muitas vidas e toda a História.

Mas espere! O que há! Que houve contigo?
Estarias tu correndo perigo?
Foi assassinada! Seu sangue escorre
Pinga, pinga, ninguém a socorre.

Lua brilhante, serena, altiva
Morta pela sombra da Terra, furtiva
As trevas se espalham, cobrem lentamente
O sangue verte vermelho e  ardente

"Dor e sofrimento" clama todo astro
A Morte, no céu, deixou o seu rastro
Mas espere! O que há? Seria um milagre?
Pode esta noite voltar a ser alegre?

Olhem o céu, ela está ressuscitando
Renasce, recresce, vida retornando
Vejam como brilha com a glória refeita
Vejam retornar sua luz perfeita

Aos poucos o sangue vai se esvaindo
O lume novamente está reluzindo
Luz e Trevas, contraste natural
O Luar cintila novamente, triunfal.

Quão bela é a lua lá no firmamento
Caminhando com seu suntuoso movimento
Não morreu, foi engano, é inconstante, eterna
Apenas ruborizou, mas já voltou a ser terna



Jonathan Campos