domingo, 25 de fevereiro de 2018

Mente Quântica



Não destroce meus deliciosos desatinos
Com seu determinismo duvidoso
São meus os desacertos, por mais que doloroso
Não delineados em diários divinos.

Não somos delimitados, doravante somos ondas
Dois estados, sim e não, descontínua decisão
Duras ou dúbias, destino não são
Direitas e desastrosas são essas veredas

Idealizo, desenvolvo, desempenho,
Me dedico, ou desisto, eu decido.
Destinos em demasia deixam-me perdido.
Dor ou ardor, desejo ou desdenho.

Nesta existência indeterminada, indefinida
A cada dia me divido entre diversos mundos
Nas dimensões colapsadas, em desvios profundos
Através da distorcida dualidade da vida.

Nos dedos, as possibilidades tenho detido
Mau andar é relativo, com desvairados desvios
Vindouros ou idos, desenho meus desígnios
Deveras são meus, o direito não divido.



Jonathan Campos