Venhas, oh corvo, banquetear-se
Do sagrado festim preparado a ti
Por tua amiga a quem você obedece
A poderosa e inexorável Morte.
Comais da carne e da fibra do coração
Bebeis do vinho dos corpos que aqui jaz
Não te envergonhes da penosa profissão
Limpar o rastro que tua Dama deixa para trás.
Tuas penas mais negras que o noturno céu
Cobrem o rosto Dela, tal qual suntuoso véu
Prenuncias Seus caminhos, oh arauto fúnebre
Com os avisos obscuros de teu grasnado célebre
Me recebas com tuas asas feitas de trevas
Abertas para mim e devore-me sem reservas.
Jonathan Campos
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